Todos os anos, nesta época de verão chuvoso a preocupação com o surto de aedes aegypti costuma aumentar. Mas em 2015 a situação se tornou ainda mais alarmante após o registro do recorde de casos de dengue no Brasil e a descoberta da ligação do mosquito com a transmissão do zika vírus – responsável direto por uma onda de casos de microcefalia em recém-nascidos.
Neste verão, a Secretaria de Saúde do Paraná lançou uma campanha para retratar esse perigo. Fazendo alusão aos famosos filmes de terror da franquia “Atividade Paranormal”, um teaser da campanha foi divulgado no formato de um trailer chamado ‘A Casa do Medo’, que alerta para a proximidade e aumento do perigo. As peças seguintes revelam que o perigo já é o velho conhecido Aedes aegypti, transmissor não só da dengue e do zika vírus, como também da chikungunya.
A ideia da campanha, idealizada pela agência Master Comunicação, é mostrar que, assim como os vilões da franquia original, o perigo pode até parecer invisível e distante, mas é real e pode estar na nossas próprias casas. “As doenças pelo Aedes aegypti tem aumentado, monitore sua casa semanalmente, removendo focos de água parada, o perigo é real, a prevenção é a melhor forma de acabar com ele”, narra o vídeo. A campanha está programada para ser veiculada durante todo o verão.
A campanha traduz a atual preocupação no país com esse vilão, já que os dados são realmente aterrorizantes. Se de 2010 a 2014, os casos de dengue quase dobraram em relação aos anos 2000, com 881 mil registros, em 2015 foram registrados mais de 1,6 milhão. Um recorde, segundo o Ministério da Saúde.
Mas apesar da preocupação com a dengue, o que vem chamando mais atenção é a descoberta, por parte do Ministério da Saúde do Brasil, da ligação do zika vírus – também transmitido pelo Aedes aegypti – com a onda de casos de microcefalia em recém-nascidos. Os mais de 3 mil casos e 40 mortes ligados diretamente com o vírus, fizeram com que, em dezembro, a Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitissem um alerta mundial sobre a epidemia, que já teve casos confirmados em mais oito países sulamericanos. Nesta semana foi a vez do governo dos Estados Unidos alertarem para que as grávidas evitem vir ao Brasil por causa do zika.Leia mais aqui.
Para entender melhor os sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e como evitá-las, leia a matéria completa do jornal Zero Hora.