Elas precisam de sua ajuda

14/01/2015

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Cenas de violência doméstica ilustram os anúncios criados pela agência Acesso, de Fortaleza (CE), para o Instituto Maria da Penha. Entre o agressor e sua vítima, um cifrão salvador. O dinheiro arrecadados por doações ajudam a afastar a violência da vida das mulheres vítimas de violência.

A campanha  foi criada  para o Dia de Doar, 02 de dezembro, movimento que incentiva doações espontâneas para ONGs que trabalham em prol de alguma causa nobre. Além dos anúncios, foram veiculadas peças para rádio, jornal, web, elemídia, outdoor. Aliás, pelo site do Instituto Maria da Penha a campanha continua ativa e os doadores ganham foto na galeria virtual de apoiadores.

Uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência conjugal, adverte a Organização Mundial da Saúde (OMS).  Em todo o mundo, entre 100 e 140 milhões de mulheres jovens e adultas sofreram mutilações genitais, e cerca de 70 milhões de meninas se casaram antes dos 18 anos, frequentemente contra a sua vontade, enquanto 7% das mulheres correm risco de ser vítimas de estupro ao longo da vida, destacaram os autores destes estudos. No Brasil, a situação não é diferente segundo dados dos atendimentos realizados  pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR): 77% das mulheres em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. Nos primeiros seis meses de 2014, o Ligue 180 realizou 265.351 atendimentos, sendo que as denúncias de violência corresponderam a 11% dos registros – ou seja, foram reportados 30.625 casos. Em 94% deles, o autor da agressão foi o parceiro, ex ou um familiar da vítima. Os dados mostram ainda que violência doméstica também atinge os filhos com frequência: em 64,50% os filhos presenciaram a violência e, em outros 17,73%, além de presenciar, também sofreram agressões (leia mais aqui).

De acordo com uma pesquisa realizada  pelo Data Popular e Instituto Patrícia Galvão, entre os entrevistados, de ambos os sexos e todas as classes sociais, 54% conhecem uma mulher que já foi agredida por um parceiro e 56% conhecem um homem que já agrediu uma parceira. E 69% afirmaram acreditar que a violência contra a mulher não ocorre apenas em famílias pobres. Mas o pior são os 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 7º lugar no ranking de países nesse tipo de crime.