Fique de olho em quem seu filho adiciona em sua lista de amigos das redes sociais. Entre eles pode estar um pedófilo. É o que alerta a campanha da fundação espanhola Alia2, que trabalha para proteger o direito dos menores na internet incentivando o uso seguro e responsável da rede. As peças impressas mostram fotos de crianças como se estivessem no Facebook. Ocultos nas imagens inocentes, entretanto, estão adultos à espreita. A campanha foi assinada pela agência espanhola TBWA.
A situação tem mobilizado as autoridades de vários países. No mês passado, a Agência Nacional de Crimes da Grã-Bretanha (NCA) revelou que policiais prenderam 660 suspeitos de pedofilia na Grã-Bretanha, após uma operação secreta de seis meses para localizar pessoas que acessavam sites de pornografia infantil. Entre os suspeitos estão médicos, professores, líderes de grupos de escoteiros e ex-policiais. Das 660 pessoas presas, 39 eram criminosos sexuais registrados (já tinham uma condenação por algum crime sexual). Porém, a maioria ficha limpa. A NCA (órgão similar ao FBI americano) iniciou as investigações em outubro do ano passado, visando melhorar a ação da polícia nas questões que envolvem abuso sexual infantil e crime organizado. A operação mobilizou 45 policiais em todo a Grã-Bretanha. Segundo a NCA, cerca de 400 crianças foram salvas graças à operação.
De acordo com o Departamento da Polícia Federal, o Brasil possui o quarto lugar no consumo de pedofilia no mundo. Não existe um perfil definido para se reconhecer um pedófilo. Suas estratégias para atrair crianças e adolescentes pela internet podem ser detectadas com a ajuda dos pais, que devem acompanhar as atividades dos filhos. As denúncias podem ser feitas pelo disque-denúncia 100 ou pelo 190 da Polícia Militar, o sigilo da informação e o anonimato são garantidos.