Escondido atrás de um emoji engraçadinho pode estar um pedófilo. As peças de mídia impressa criadas pela agência Rosapark de Paris para a ONG francesa Innocence en Danger exibem rostos deformados que lembram as populares imagens dos bate-papos na web. O alerta é para os pais, que devem ficar atentos para a identidade dos amigos virtuais das crianças e adolescentes. A internet tem sido uma das ferramentas mais usadas em redes de crimes envolvendo abuso sexual, especialmente a pedofilia, protegidos pelo anonimato na rede.
No Brasil, uma pesquisa realizada no ano passado pela ONG Safernet Brasil relatou 441 ocorrências de pornografia infantil. Em 7 anos, a SaferNet Brasil recebeu e processou 3.173.061 denúncias anônimas envolvendo 472.840 URLs distintas escritas em 9 idiomas e hospedadas em 52.962 hosts diferentes, conectados à Internet através de 28.131 números IPs distintos, atribuídos para 90 países em 5 continentes. As denúncias foram registradas pela população através dos 7 hotlines brasileiros que integram a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Em novembro de 2013 foi sancionada a primeira lei específica para crimes virtuais.