A matéria de capa da revista Veja desta semana traz o açúcar como vilão da saúde (disponível apenas para assinantes). A matéria cita o livro da historiadora canadense Elizabeth Abbott, Sugar, a Bittersweet History, que traça um panorama histórico e econômico da produção e do consumo de açúcar. De acordo com o livro, o produto alterou a natureza das refeições, alimentou a Revolução Industrial, gerou uma nova forma brutal da escravatura, e impulsionaram a revolução de fast-food.
Alguns especialistas comparam o refrigerante e outras guloseimas doces ao cigarro. A Organização Mundial de Saúde estimou que 1,6 bilhão de pessoas estejam acima do peso e 400 milhões obesos. Nos EUA, já se discute obrigar a indústria de alimentos a diminuir o açúcar de vários produtos. A Inglaterra e a França proibem a propaganda de refrigerentes na televisão. No México, Alemanha e Bélgica, os refrigerantes estão banidos das escolas. Por aqui, Um acordo firmado entre 24 grandes empresas do setor de alimentos, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), resultou em um código de conduta que vai disciplinar a publicidade dirigida ao público infanto-juvenil. Entre as empresas que aderiram voluntariamente estão a Coca-Cola, Unilever, Nestlé e Sadia (leia mais aqui).