Respondendo a leitora Carolina Silveira, agradeço pelo comentário a respeito de nossa campanha sobre obesidade infantil. Sou um dos responsáveis pela Criação e também o responsável pela educação do Pedro e do Dudu, meus filhos de 9 e 5 anos.
Fizemos uma campanha toda baseada na palavra “não”. Eu, pessoalmente, acreditava ser a mais forte e a melhor do ponto de vista da mobilização. Ela falava sobre os vários tipos de “não” que a gente deve dizer para nossos filhos.
Para meu espanto, nos grupos de pesquisas ela não foi bem recebida pelos pais, justamente com o argumento de que dizer “não” é algo muito difícil. Ninguém quer ser chamado de chato, passar por vilão ou desmancha-prazeres. Mas antes de fazer a campanha li muito sobre o problema da obesidade infantil e a forma mais eficaz de evitá-la é dizer “não”. Um não ao exagero: 5 ou 6 chocolates ou ficar sentado no sofá vendo TV o dia inteiro só comendo, por exemplo.
A indústria gasta milhões para convencer os consumidores, principalmente as crianças, a consumir. Mas, no fim, a maior referência e exemplo que seus filhos têm são os pais.
Por Valmir Leite, VP de Criação da nova/sb