Pelo bem do seu amor

01/06/2017

No filme, fumantes vão ao médico e ouvem um diagnóstico que enumera problemas de saúde em decorrência do cigarro. A surpresa vem quando o médico informa o diagnóstico de problemas como rinite, bronquite e falta de ar.  Só que não é ele o paciente.  É alguém próximo e extremamente querido, como a filha ou a neta.

Para conscientizar a população em relação aos danos que o cigarro causa à saúde, o SBT do Bem, veiculou uma campanha especial para o Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio). A ação, feita como um experimento social, foca nas consequências do fumo passivo mostra. O conceito é : “O que motivaria alguém a parar de fumar, se nem sua própria saúde é suficiente?”

O insight se baseia em um dado da OMS que responsabiliza o fumo passivo por 600 mil mortes por ano no mundo. Fecha o filme a mensagem: “Não fume. Se não for pelo seu bem, que seja pelo bem de quem você mais ama.” A criação é da Publicis Brasil.

Ruim para as pessoas, péssimo para o meio ambiente

O consumo de produtos derivados do tabaco não apenas prejudica a saúde das pessoas, mas também causa um “enorme dano” ao meio ambiente, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As cifras mais recentes indicam que, apesar dos esforços internacionais para diminuir o tabagismo, este provoca em um ano a morte de 7 milhões de pessoas e gera despesas de 1,4 trilhão de dólares, pelos custos em saúde, perda de produtividade e degradação ambiental – pouco menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Dez milhões de cigarros são descartados no meio ambiente todos os dias, informa a OMS. Isso faz com que as gimbas representem entre 30% e 40% das atividades de limpeza urbana e costeira feita em todo o mundo. A cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, estima que gasta US$ 22 milhões por ano para se livrar dos dejetos ligados a cigarro.

Os especialistas determinaram que os resíduos de tabaco contêm mais de 7 mil substâncias químicas tóxicas, que envenenam não só atmosfera, mas também os solos, mares e os rios. Dos 15 bilhões de cigarros vendidos diariamente, 10 bilhões acabam no meio ambiente, contendo uma mistura de nicotina, arsênico e metais pesados.

Com dois terços dos cigarros lançados no solo, entre 340 milhões e 680 milhões de quilos de resíduos de tabaco são gerados a cada ano. Nas áreas urbanas e litorâneas, eles representam de 30% a 40% de todos os resíduos que são recolhidos. Mas não só o resíduo do cigarro se transformou numa dor de cabeça para os serviços de limpeza municipal, mas também os plásticos e os maços de cigarros.

O tabaco gera efeitos nocivos ao meio ambiente desde o cultivo da folha de tabaco, que requer o uso de agroquímicos, reguladores de crescimento e novas substâncias e contribui para o desflorestamento, alertou a OMS. O plantio, a produção e distribuição também requerem o uso extensivo de água e energia. Outra forma de contaminação são as emissões de fumo, que representam toneladas de gases cancerígenos, tóxicos e de efeito estufa.

“Esta análise é a primeira que relaciona o impacto ambiental com o cultivo, manufatura, uso e resíduos do tabaco, apesar de a informação ser limitada, porque a indústria não reporta dados e os governos não os exigem”, disse o coordenador da OMS para o Controle de Tabaco, Vinayak Prased.